Os palimpsestos de Rogério
Rogério era contabilista e orgulhava-se disso, mas tinha o estranho hábito de escrever poemas de amor para a filha do dono da drogaria, sufocando-os de imediato por baixo de teses maçudas sobre o POC.
Não consta que a rapariga apreciasse Neruda, e ainda menos os tristes balancetes em forma de esqueletos amorosos.
Não consta que a rapariga apreciasse Neruda, e ainda menos os tristes balancetes em forma de esqueletos amorosos.
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