- Imaginar o sorriso de mosca gigante na cara de Manuel Monteiro por ter metade dos deputados que tem Paulo Portas na Madeira.
- Pensar que Manuel Monteiro acha mesmo que este é um "ponto de viragem" para o PND e que os resultados eleitorais na Madeira são apenas a "plataforma de lançamento" para conseguir eleger-se deputado por Lisboa daqui a dois anos. Pensar que Manuel Monteiro podia usar expressões como "ponto de viragem" e "plataforma de lançamento" sem que isso parecesse estranho no resto do seu discurso.
- João Soares e o frenético acenar de braços para que o PS o nomeie candidato à câmara de Lisboa. Todo ele se dobra até ao chão para mostrar a sua eterna e sincera disponibilidade para encabeçar mais esta jornada eleitoral. Todo ele transpirando e faiscando o desejo ardente de que alguém repare nele. Desespero só comparável ao de Jardel a fazer olhinhos de Bambi a todos os clubes de Portugal que já o expulsaram, renegaram, repudiaram ou que nunca o quiseram.
- O Sargento Luís é surpreendido com a notícia da sua libertação e profere umas palavras de alívio por ter sido posto de novo em liberdade. Algures do canto esquerdo anterior da câmara ouve-se um bêbedo com a voz trôpega de Vasco Santana no discurso de formatura, berrando num misto de nostalgia e tosse convulsa: "Viv'a Liberdade!"
- Viva.