Eu ou um ulmeiro qualquer
Encontro um antigo colega de turma da minha primeira escola, que se aproxima de mim com o meu nome completo na boca. Não me lembrava nada da cara dele, nem do nome, muito menos do apelido. Ele, pelo contrário, dizia-me que eu não tinha mudado nada desde há 15 anos. Abancou ao meu lado e falou durante imenso tempo (ou pelo menos assim pareceu) sobre pessoas que eu já não sei quem são, partindo depois para os dramas pessoais, dois cursos deixados a meio, complicações várias. Não pude deixar de pensar que, para aquele rapaz atormentado, era indiferente estar ali a ser ouvido por mim ou por um ulmeiro qualquer.
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