quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Exposições

A de Gilbert & George (como não podia deixar de ser), na Tate Modern (como também não podia deixar de ser): à medida que ia percorrendo as salas e a sequência cronológica da exposição, não consegui evitar um certo desconforto perante a degradação física dos autores, cada vez mais expostos (literalmente), anunciando a decadência da idade em todo o seu metafórico esplendor. Ninguém gosta de se ver confrontado com o crepúsculo alheio, sobretudo quando "crepúsculo" é sempre uma palavra tão patética.




Gostei particularmente da exposição de fotografias de Anders Peterson na Photographers' Gallery: um fotógrafo em busca de consolo nas pequenas misérias humanas.




Finalmente, a Serpentine Gallery, bem no meio de Hyde Park, onde tinha acabado de "estrear" uma exposição de quadros e instalações de Karen Kilimnik (essa mesma). Apesar de não ter gostado muito da obsessão da artista por estribos de cavalos, cartas de tarot, garfos e cristais espalhados no chão, valeu a pena conhecer esta magnífica galeria, que ontem estava mais ou menos assim:




só que em cinzento. Como, aliás, toda a cidade.