quarta-feira, julho 18, 2007

Sem grande jeito para despedidas,

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agradeço a todos os que leram e acompanharam este blog ao longo de um ano e meio, aos que já me acompanhavam há muito mais tempo do que isso, aos que comentaram, apoiaram e se insurgiram. Em suma, agradeço a todos os que tiveram paciência para os meus Tristes Tópicos e me incentivaram a continuar a escrever. Vou sentar-me agora tranquilamente na enorme plateia da blogosfera - and move on to pastures new. Muito obrigada.





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sexta-feira, julho 13, 2007

Party Hard

quinta-feira, julho 12, 2007

Miguel, que nos fala da netcabo

diz que se casa daqui a 58 dias e que isso o vai salvar de ser letargicamente desinteressante.


As pessoas depositam esperanças com prazos apertados.

Caro Leitor,

Diga-me qualquer coisa de interessante sobre si.



Minta, se for preciso.

quarta-feira, julho 11, 2007

Antes que seja (ainda mais) tarde

Em primeiro lugar, agradeço com exageradas vénias à Joana, ao Paulo e ao Esplanando por considerarem este botequim um blog "elencável", o que quer que isso signifique.


Em segundo lugar, a Mafalda pede-me uma revelação bibliográfica da área da minha mesa de cabeceira, que não é bem uma mesa, que se estende para o chão, que se encaracola (assim mesmo, encaracola) pela parede acima, mas ainda assim serve. Sem qualquer ordem especial:

1. Memorial de Aires, de Machado de Assis (colecção outono-inverno da Cotovia, mas igualmente aconselhável em tempo ameno)

2. Tales of Mystery and Imagination, de Edgar Allen Poe, numa edição magnífica com ilustrações fantasmagóricas e tim-burtonianas que encontrei na Fnac do Chiado, entre a secção de gastronomia, a secção de viagens e uma quebra de tensão por causa da falta de ar condicionado. No fim, cheguei a casa com esta preciosidade e um pacote de açúcar. Valeu a pena.

3. The Robert Crumb Handbook, porque não há nada melhor do que adormecer com 400 páginas de humor cáustico e outras bizarrias ao colo.

4. Senhor Fantasma, de Pedro Mexia. Lembro-me de alguém que costumava dizer, com sotaque beirão: "Gosto muto de «pujia»". Eu também.

5. O Nariz, de Nikolai Gógol, porque não perco um único livro que tenha sido traduzido do russo pelo casal Nina-Filipe Guerra. Bom, talvez um ou outro.


Finalmente, o desafio mais difícil de responder: o Maradona pergunta-me quais foram as últimas cinco imperiais que bebi. Não sei se terei bebido tantas em toda a minha vida, visto que padeço deste mal que é não gostar de cerveja (neste momento, Maradona revira os olhos e conclui de imediato que uma pessoa que não gosta de cerveja é uma daquelas pessoas que simplesmente não deveria ter o direito à vida).

Lembro-me da última, sim, em 1999 (parece-me), durante um concerto dos James no SALódromo (nome pomposo para um recinto improvisado a partir de um parque de estacionamento junto à Expo). O bilhete custava 5 euros e dava-me ainda uma cerveja "grátes" - irrecusável, ainda que a dita tenha sido entornada por cima de alguém, para grande alívio meu.

Recuando até 1995 e aos meus doces 16 anos (peço ao meu pai que não leia isto, por favor), lembro-me de um jantar de turma do liceu, numa daquelas churrasqueiras manhosas em Alcântara. A ementa (única) constava de febras, batatas fritas e tinto e cerveja "à discrição", pelo menos até à meia noite. Penso que terei entornado mais umas quatro imperiais para cima de alguém durante esse jantar, à medida que os meus colegas de turma se iam transformando em pequenos monstros etílicos, entoando hinos do Benfica e do Sporting e eu a pensar que o tinto da casa era uma bela pomada e que me ajudaria a ultrapassar aquele cenário dantesco. Para que saibas, Maradona, que os tempos de liceu foram tão difíceis nessa margem como neste lado do rio.

quarta-feira, julho 04, 2007

O silêncio que nos protege

Acalentava ainda a esperança de encontrar alguém que nunca lhe dissesse "precisamos de falar". Melhor ainda, alguém que lhe dissesse "precisamos de estar calados".

terça-feira, julho 03, 2007

Preencha os espaços

Quando uma mulher diz a um homem "vamos ser só amigos", no fundo está a pedir-lhe que esteja lá apenas quando todos os outros não estiverem. Tal como nos testes do British Council, uma espécie de «fill in the gaps» emocional.

quarta-feira, junho 27, 2007

O senhor Brown

Por hoje, ocorre-me lembrar um post que pus neste meu lugarejo algures em Agosto do ano passado. Preparemo-nos para ouvir em todos os telejornais a expressão "o novo inquilino do número 10 da dáuning strit". Até à exaustão.



Throughout the night
No need to fight...



... Never a frown
With Gordon Brown.

segunda-feira, junho 25, 2007

1:09 - 1:07

Mr. Tibbs

A verdade é que a frase "Depois de 30 anos continuo a gostar tanto da minha mulher como no primeiro dia" é apenas um pouco mais impressionante do que o Sidney Poitier a dizer "They call me Mr. Tibbs".

quinta-feira, junho 21, 2007

Na casa dele

Nas últimas semanas temos assistido à reabilitação sexual de António Feio - graças ao banco dele, raparigas 30 anos mais novas torcem-lhe os narizinhos lascivos e mostram-se consumidas pelo desejo de ir para casa dele.



E é mesmo nestas alturas que penso no conceito de publicidade enganosa.

terça-feira, junho 19, 2007

Fábula contemporânea com pequenos laivos de liberalismo aqui e ali

O preço que se paga por ser a ovelha é o do aborrecimento. O preço que se paga por ser o lobo é o da solidão. Escolha com cuidado, caro leitor.

Um conhecido caso de rotundo insucesso

Primeiro, achava que conseguia mudar o mundo. Depois quis mudar os amigos.

segunda-feira, junho 18, 2007

Labaredas enorme

Joe Berardo diz que a opção Alcochete poupa ao estado "hundreds e milhões de euros".

O mundo divide-se

Entre os que dizem «Joe» Berardo e os que preferem «João», «José» ou mesmo «Josué» Berardo.

quarta-feira, junho 06, 2007

A hundred years from now


Why would I stop loving you
a hundred years from now?
It's only time.
It's only time.

What could stop this beating heart
once it's made a vow?
It's only time.
It's only time.

If rain won't change your mind,
let it fall.
The rain won't change my heart
at all.

Lock this chain
around my hand,
throw away the key.
It's only time.
It's only time.

Years falling
like grains of sand
mean nothing to me.
It's only time.
It's only time.

If snow won't change your mind
let it fall.
The snow won't change my heart,
not at all.

(I'll walk your lands)
I'll walk your lands
(And swim your sea)
And swim your sea

Marry me.
Marry me.

(Then in your hands)
Then in your hands
(I will be free)
I will be free

Marry me.
Marry me.

Why would I stop loving you
a hundred years from now?


terça-feira, junho 05, 2007

Resposta pronta


Meia hora depois de ter publicado o post anterior, o Calvin mandou-me a imagem do cartaz do PP (thanks a bunch!).

Note-se que o mesmo autor do blogue se deu ao trabalho de medir exactamente a inclinação da cabeça de Nobre Guedes, chegando à conclusão de que se trata de 13º para a esquerda, e não os disparatados 37º que eu tinha alvitrado. Seja como for, a amiga Olga continua lá.

segunda-feira, junho 04, 2007

O cartaz do CDS (2)

Não consegui ainda arranjar uma imagem do cartaz de campanha de Telmo Correia y sus muchachos, mas para quem já se deteve a olhar com mais atenção o dito painel, queria aqui deixar algumas observações:


1 - Luís Nobre Guedes não traz os seus óculos de massa preta iguais aos do Manuel Luís Goucha, mas em compensação traz a sua mulher-a-dias (imediatamente à sua esquerda).

2 - No caso de aquela senhora ao lado de Nobre Guedes não ser a sua empregada, então é a amiga Olga.

3 - O que é que a amiga Olga está a fazer no cartaz do Telmo?

4 - Se for a amiga Olga, está explicado porque é que Nobre Guedes tem a cabeça inclinada para o lado contrário e apresenta um ar ligeiramente nauseado.

5 - Mesmo que não seja a amiga Olga e seja, de facto, a famosa D. Orísia, a verdade é que Nobre Guedes continua a querer afastar-se daquele cabeção ameaçador.

6 - Logo, posso concluir que o verdadeiro motivo da inclinação de 37º do pescoço de Nobre Guedes é a quantidade astronómica e poluente de laca (ainda por cima não recomendada pela Marktest), com a agravante de estar cheiinha de CFCs. Nobre Guedes tem razão para estar agoniado.

7 - Seria injusto não dar uma nota positiva ao sorriso e às bochechas coradas de Telmo Correia. O senhor que aparece neste cartaz, à semelhança do Fozzie Bear (Marretas), não é capaz de fazer mal a ninguém.

8 - Finalmente, António Carlos Monteiro e Teresa Caeiro concorrem para o par Ken & Barbie do ano político português, imediatamente seguidos de Zé Sá Fernandes ("O Zé") & Helena Roseta ("Helena-câmara-de-Cascais-,- alguém-se-lembra?-Roseta").


Agora que estas observações chegaram ao fim, peço aos leitores o enorme favor de me enviarem por email o cartaz de campanha do CDS, caso o encontrem primeiro que eu (é o mais provável).

Até lá, fica aqui uma aproximação:


Monteiro, Caeiro, Telmo, Orísia e Nobre Guedes

O cartaz do CDS

A equipa que Portas apresenta para a câmara de Lisboa vem repleta de ideias novas. O mote é "competência", o que eu acho bem, e o slogan é "uma equipa útil a Lisboa", o que eu também aprovo.

Claro que ninguém me perguntou a opinião, é verdade. Nem agora, nem em 2005.


sexta-feira, junho 01, 2007

Uma entrevista à espera de acontecer

Pedro Boa-Alma, repórter da RTP, meets Luís Boa-Morte, jogador do West Ham.

Impulso

Se um desconhecido lhe oferecer flores, é porque não é um desconhecido.

quinta-feira, maio 31, 2007

10h09

Às 10h09 desta manhã, ela estava a fechar um negócio importantíssimo com uns japoneses, ele estava a passar precisamente por baixo da porta 'Arbeit Macht Frei' em Auschwitz, ela fazia uma encomenda num site gótico, ele estava ainda a decidir se ia ou não trabalhar hoje, ela estava a entornar café por cima do vestido e a pensar que hoje ao almoço ia encomendar uma pizza, ele estava a bater uma na casa de banho do escritório, ela olhava-se ao espelho e pensava se já estaria pronta para deixar de usar a cabeleira que escondia o efeito napalm da quimioterapia, ele jogava gamão na internet com um russo, ela relia as mensagens que ele lhe mandara nos últimos meses e tentava (em vão) perceber o que tinha corrido mal, ele achou que era uma boa altura para inaugurar a sua dieta e começava a subir a pé os quatro andares de escadas, ela baixava-se para apertar de novo a presilha das sandálias, ele estava a ter uma embolia cerebral e depois não fez mais nada.

terça-feira, maio 29, 2007

Tempus fugit

Ter "quality time" não é ter imenso tempo para fazer aquilo que sempre quis, mas sim fazer exactamente aquilo que quero quando não devia.

domingo, maio 27, 2007

NS/NR

sábado, maio 26, 2007

Bloguito Ergo Sum (2)

Vou sabendo dos meus amigos pelos seus blogues. Quando eles passam muito tempo sem escrever, sei que estão bem porque estão ocupados. Quando escrevem em abundância, sei que estão bem porque se dedicam com afinco a qualquer coisa. Quando os posts começam a ser irregulares, espaçados, erráticos, fico preocupada e telefono-lhes, indignada, só para saber se há alguma razão válida para abandonarem os seus blogues, ou se o fizeram por dá cá aquela palha.

Bloguito Ergo Sum (1)

E passo a citar: "Não preciso da religião. Tenho um blogue."

quinta-feira, maio 24, 2007

O Quase

Santana Lopes falou à comunicação social para dizer que quase se candidatou à câmara de Lisboa. A ideia passou-lhe pela cabeça, mas não se concretizou. Não tentou sequer, mas pensou nisso. Esteve lá perto. Houve um ameaço. Faltou-lhe um bocadinho assim. Um cagagésimo mais e tinha sido. Podia ter-se candidatado? Podia. Porquê? Porque sim. E candidatou-se? Não. Porquê? Porque não. Mas foi quase.

Depois de Vitalino Canas, com os comunicados a dizer que não tinha nada para dizer, temos Santana, o Quase Lopes.

terça-feira, maio 22, 2007

A crença errónea

G. tem uma capacidade inesgotável de ser patético e incoveniente. Nos raros momentos em que se apercebe disso, o que anima G. é pensar que a sua vida poderá servir um qualquer propósito literário (G. tem amigos que escrevem livros) ou cinematográfico (G. já importunou vários realizadores enquanto almoçavam em esplanadas, falando profusamente sobre as suas demências e debilidades). G. é homem de uma só crença - a errónea.

Ressalvas

Ele queria continuar a estar com ela sempre que lhe apetecesse, mas não queria assumir um compromisso - o que, para ela, era mais ou menos o mesmo que querer estar mais perto de Deus, mas com a ressalva de não ter que acreditar na religião.

quinta-feira, maio 17, 2007

Flávio não reúne as condições necessárias

Flávio queria muito ser candidato à presidência da câmara de Lisboa, mas ainda não conseguira ser arguido em nenhum processo.

Preocupo-me com ele

Ele anda cabisbaixo e tristonho. A alvura do seu generoso sorriso deu lugar a um risco fechado, tenso, acabrunhado. Já não veste fatos de riscas estridentes, gravatas de seda tingida em cores quentes. Já nem sequer o "pocket square" a condizer, que tanto alegrava as senhoras reformadas deste país, para quem aquilo não passava de um lencinho de assoar - ai o maroto, que anda sempre ranhoso - com cores garridas. A pele perdeu aquele tom Piz Buin caribenho e está agora macilenta, como a de todos os outros portugueses que só apanham sol no mês de Agosto na praia da Rocha. Onde havia verve e audácia, há agora cautela e discrição. Todo ele era fulgor, e agora apatia. Até o cabelo, outrora louro e com um ondulado de querubim, se apresenta algures entre o castanho e o púrpura, à conta de tantos ensaios artísticos e de tantas bisnagas de tinta roubadas no cabeleireiro da mãezinha. Todos os outros meninos dos outros partidos têm um amigo que os ama e que os representa nas eleições para a câmara de Lisboa. Até o Manelinho, o ex-melhor amigo dele, avançou sozinho para a corrida.

Mas Paulo Miguel continua calado, murcho, quedo, à espera que alguém lhe dê um abracinho e 4.000 assinaturas. Ajudem o Paulo Miguel. Façam brilhar de novo os dentes de Paulo Miguel. Eu preocupo-me com Paulo Miguel.

terça-feira, maio 15, 2007

Liaisons dangereuses (2)

Ela gostava das coisas simples da vida, mas ele não era uma delas.

Liaisons dangereuses

Ele tinha desistido da vida. Agora só lhe faltava encontrar uma mulher que tivesse feito o mesmo.

segunda-feira, maio 14, 2007

Há dias em que apetece um pouco de bom senso

E um bom exemplo de bom senso (e subtileza, já agora) estava hoje no centro de saúde, à porta do gabinete de planeamento familiar, onde num poster gigante se apresentavam dois jovens abraçados, ele com as mãos nos bolsos de trás das calças dela (go figure). Em letras garrafais lia-se: "Conhece aqui os métodos de contracepção. Mas podes sempre preferir a ABSTINÊNCIA". Assim mesmo. Com um «conhece» e um «podes».

sexta-feira, maio 11, 2007

Um bocadinho como o Marcelo Rebelo de Sousa

O viajante é aquele que se anima com o que ainda não viu, que se deslumbra com o que vê e que se regozija de ter visto.

E no entanto vai-se

É sempre estranho ir pela primeira vez com alguém que está a voltar.

quinta-feira, maio 10, 2007

Coisas que me comovem

- Imaginar o sorriso de mosca gigante na cara de Manuel Monteiro por ter metade dos deputados que tem Paulo Portas na Madeira.

- Pensar que Manuel Monteiro acha mesmo que este é um "ponto de viragem" para o PND e que os resultados eleitorais na Madeira são apenas a "plataforma de lançamento" para conseguir eleger-se deputado por Lisboa daqui a dois anos. Pensar que Manuel Monteiro podia usar expressões como "ponto de viragem" e "plataforma de lançamento" sem que isso parecesse estranho no resto do seu discurso.

- João Soares e o frenético acenar de braços para que o PS o nomeie candidato à câmara de Lisboa. Todo ele se dobra até ao chão para mostrar a sua eterna e sincera disponibilidade para encabeçar mais esta jornada eleitoral. Todo ele transpirando e faiscando o desejo ardente de que alguém repare nele. Desespero só comparável ao de Jardel a fazer olhinhos de Bambi a todos os clubes de Portugal que já o expulsaram, renegaram, repudiaram ou que nunca o quiseram.

- O Sargento Luís é surpreendido com a notícia da sua libertação e profere umas palavras de alívio por ter sido posto de novo em liberdade. Algures do canto esquerdo anterior da câmara ouve-se um bêbedo com a voz trôpega de Vasco Santana no discurso de formatura, berrando num misto de nostalgia e tosse convulsa: "Viv'a Liberdade!"

- Viva.

quinta-feira, abril 26, 2007

Pensamento animador

O canal do Panamá demorou 34 anos a ser construído. O imperador Shah Jahan teve que esperar 21 anos pelo fim da construção do Taj Mahal. Carés de Lindos demorou 8 anos a esculpir o Colosso de Rodes. Miguel Ângelo deteve-se quatro anos a pintar o tecto da Capela Sistina. Faltam ainda 200 dias. A perfeição serve-se lenta.

terça-feira, abril 24, 2007

Um caso sério de prolixidade

Quanto mais vazia e insignificante se tornava a sua vida, mais palavras ele usava para a descrever.

Fausto farta-se

Era a terceira vez naquela semana que Fausto estava bêbedo e à porta de casa, a remexer em vão nos bolsos à procura da chave. Fausto pensou então que já era tempo de ter uma conversa com o senhorio ou, pelo menos, com Deus.

domingo, abril 22, 2007

I meant to find her when I came


I meant to find her when I came;
Death had the same design;
But the success was his, it seems,
And the discomfit mine.

I meant to tell her how I longed
For just this single time;
But Death had told her so the first,
And she had hearkened him.

To wander now is my abode;
To rest, -- to rest would be
A privilege of hurricane
To memory and me.



- Emily Dickinson


[Para a minha Avó]

sexta-feira, abril 20, 2007

E depois

Queria livrar-se de tudo o que havia de podre na sua vida até aos 30 anos. E depois fez 30 anos.

Antes

A ideia da posteridade e da vida eterna não o assustava. O pior era tudo o que vinha antes.

quinta-feira, abril 19, 2007

Não exactamente

Não era exactamente uma relação duradoura, mas sim co-parasitária. Ela precisava dele, ele precisava do corpo dela.

In her own time

"In the Evening (it's hard to tell who's going to love you the best)", de Karen Dalton. Chegou a hora do (es)banjo.